quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Outros tipos de tabelas periódicas:


galáxia química, nome dado a tabela pariódica em forma de espiral, que é uma nova representação do sistema periódico de elementos, desenvolvida por Philip Stewart com base na natureza cíclica das características dos elementos químicos (que depende, principalmente, dos elétrons de valência). Mesmo antes de Dmitri Mendeleev produzir a primeira tabela satisfatória, os químicos estavam fazendo representações em espiral do sistema periódico, e isso tem continuado desde então, mas estes eram geralmente de forma circular. Na galáxia química os elementos são dispostos em uma só espiral, com os com menor número atômico ao centro. Com isso, os períodos doslantanídeos e dos actinídeos, que ficam à parte na tabela, são colocadas em seus lugares sem prejudicar a visualização. No centro do espiral existe o neutrônio, que tem apenas nêutrons em seu núcleo. Na tabela, o hidrogênio fica no grupo 1, a dos metais alcalinos. Na espiral, ele ganhou uma posição nova e isolada, mais próxima do carbono, com o qual ele tem mais semelhanças e frequentemente se combina.
A galáxia química destina-se principalmente a excitar o interesse pela química entre não-químicos, especialmente os jovens, mas é totalmente preciso em termos científicos nas informações que transmite sobre as relações entre os elementos, e tem a vantagem sobre uma tabela de não quebrar a sequência contínua dos elementos. Uma versão revista,Chemical Galaxy II, introduz um novo esquema, inspirado por Michael Laing, para colorir os lantanídeos e os actinídeos, para realçar paralelos com os metais de transição.
John D. Clark foi o primeiro a apresentar uma espiral com um formato oval. Seu design foi utilizado como uma ilustração de duas páginas em cores vivas na revista Life de 16 de maio de 1949. Em 1951, Edgar Longman, um artista, não um químico, pintou um grande mural adaptando a imagem da Life, tornando-a elíptica e inclinando-a para produzir um efeito dinâmico. Philip Stewart, então com 12 anos de idade, havia acabado de ler o livro The Nature of the Universe de Fred Hoyle, e foi inspirado pelo desenho de Longman, que achou se assemelhar a uma galáxia espiral. Stewart voltou a essa ideia muitos anos depois e publicou uma primeira versão de sua galáxia química em Novembro de 2004. Seu desenho visa expressar a ligação entre o mundo minuto dos átomos e a vastidão das estrelas, no interior do qual os elementos foram forjados, como Hoyle foi o primeiro a demonstrar em detalhe.
(Texto adaptado Wikipedia.com)

Porque tais alterações?

1)   O modelo é todo circular : Stewart  colocou  os elementos em pequenos círculos e,  ligados a eles, outros, menores,  com os  números   atômicos  correspondentes a cada  elemento. Segundo ele, “ O cérebro humano se sente mais confortável com curvas do que  com retas”.  Mas conservou as cores originais das famílias dos elementos químicos.

2) O Hidrogênio (H), que  na Tabela de Mendeleiev fica perto dos metais alcalinos, ganhou nova posição, na espiral -  fica  colocado  em um aro  mais central,  perto do Carbono (C) , justificando essa alteração pelo fato de  haver  mais  afinidade entre  o Hidrogênio e o Carbono,  com quem  faz  ligações com mais facilidade, do que entre  o Hidrogênio e o lítio (Li) , e os metais alcalinos.

3) No centro  dos círculos em  espiral, foi  colocado  um elemento  cuja existência está  prevista pelos cientistas, embora ainda  não confirmada,  e que seria o Neutrônio,  também   conhecido como “Elemento Zero”, pois, por hipótese, possuiria  apenas  nêutrons em seu  núcleo. 






Antes do magnífico trabalho de Mendeleïev (1869)  houve  outras tentativas  de tabelas periódicas  de elementos químicos que  não  ofereciam  uma forma completa  de classificação e  apresentação  adequada  de  seu  posicionamento  relativo.
A  mais   conhecida e usada   foi  :

1863 – Parafuso Telúrico ,  de  Alexandre E. Béguyer  Chancourtois :



                                              
Consistia em uma curva  helicoidal com  16  partes, que  formavam  um cilindro,  através de  espirais em ordem crescente  da  massa atômica.  Mas  era  justamente   a utilização da massa atômica, que    pode variar  num mesmo elemento,em determinadas   condições , o  que  provocava   erros  impossíveis  de   regularizar.

                                            Mesmo  no modelo de Mendeleïev ainda continuou alguma  dificuldade, pois foi utilizada a massa atômica como ponto de referência, mas  a sua qualidade era  tão excelente e tão fácil a leitura, que  logo foi adotada  por todos os cientistas e ainda hoje é a única reconhecida oficialmente pelos  órgãos reguladores internacionais , naturalmente com alguns aperfeiçoamentos, sendo o principal  a  mudança do ponto de referência para  o número atômico.
                                 
                                            Depois  de  1869  a Tabela Periódica de  Mendeleiev  sofreu alguns aperfeiçoamentos,  sendo  os  seguintes  os principais,  que  a   levaram   à versão atual,  que  não  apresenta   mais os antigos problemas :

                                            1913 -   o número atômico.   Henry G. I. Moseley,  após observar que  o número de prótons dentro de  um determinado átomo é sempre o mesmo,  aperfeiçoou  o  modelo  mendeleieviano e  lhe deu a precisão  hoje  obtida, corrigindo todos os problemas  que apareciam com a utilização da massa atômica, substituindo-a pelo número atômico.

                                               1950   - Lantinídios e Actinídios. Houve  outra  modificação  na  Tabela Periódica de Mendeleïev : seu autor  foi  Glenn Seaborg,  que  descobriu, a  partir do   plutônio (descoberto em  1940),    os elementos  transurânicos  ( números atômicos de  94 a 102). Para  poder incluí-los na Tabela Periódica  ,  reformulou-a,   fazendo a transposição  de lantinídios e actinidios (que têm propriedades semelhantes  entre  si  diversas das  dos outros metais) para um local abaixo do núcleo principal, conservando a  sua localização  nas colunas correspondentes às suas famílias .Logrou, com essa vaga naquele local da Tabela, incluir aqueles  novos  elementos que descobrira, ainda restando   espaço para  outros que vieram a ser descobertos, dentro dos parâmetros estabelecidos oficialmente, com  um ajuste perfeito. Por esse  trabalho recebeu o Prêmio Nobel de Química  de  1951. Foi tão importante a sua contribuição  à  Química, que  um elemento químico  recém-descoberto   recebeu  seu  nome  para  homenageá-lo  (Seaborgio),  assim  como foi  feito em relação a Einstein  (Einstênio) ,    Mendeleïev  (Mendeleievo) , Roentgen, descobridor do Raio X (Roentgênio),  Rutherford, que identificou o  próton como componente do núcleo atômico e previu a existência do nêutron ( Rutherfórdio) e outros renomados cientistas.

                                            Desde  então  têm aparecido  alguns  outros  modelos,  na  segunda metade do século XX  e  agora,  no início do século XXI,  que ainda  estão em estudo  mas ainda  não conseguiram  suplantar   o brilhantismo do gênio de Mendeleïev, nem obtiveram o  reconhecimento pelos órgãos científicos oficiais internacionais suficiente para  substituir  sua tradicional tabela com as atualizações.


Roy Alexander : modelo cilíndrico. Conhecido “designer”,  criou esse modelo da Tabela Periódica de Mendeleiev  em forma de  uma fita enrolada em forma de cilindro.

De acordo com a idéia , haveria a vantagem de evitar quebras de linha existentes no modelo original.

                                                         

Fernando Dufour: modelo cônico. Químico canadense idealizou o modelo em forma de árvore de Natal, com vários níveis que vão  descendo em espiral em torno de um eixo, cada círculo espiralado  representando um dos períodos da Tabela de Mendeleiev. Além disso, o autor dizia haver, para ele, uma necessidade de uma terceira dimensão para visualisar a tabela periódica.

                         


Fichas periódicas : não chega a  ser  um modelo de tabela. São apenas  fichas ou plaquetas  de plástico presas  por uma argola – cada uma  traz o nome, a abreviatura e o número atômico de um elemento.




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